segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O Ciclo da Vida - Nascimento e Morte



Saudações a todos.

Devo falar agora de um tema muito relevante, referido em diversos posts anteriores: o ciclo da vida.  Este tema é um dos mais pesquisados pelos místicos em geral, e um dos que mais desperta a curiosidade das pessoas em geral.  Neste post, proponho-me a responder, entre outras, duas questões fundamentais: de onde viemos antes de nascer?  Para onde vamos depois de morrer?

Essas questões nunca foram devidamente respondidas pela ciência, e as religiões sempre tiveram suas versões, que considero mitológicas, por se basearem em relatos tradicionais, elaborados em uma linguagem simbólica, nem sempre devidamente compreendida.

A visão mística se propõe a, nos limites da razão humana, tentar entender de forma articulada e coerente o mecanismo da vida e suas leis básicas, de forma a facilitar a resposta às perguntas acima formuladas.

Para apresentarmos a resposta da visão mística, devo antes falar um pouco dos aspectos gerais de nosso universo, descritos com mais detalhes no post “O Além – Universo Transcendental”.  Lá eu digo que, embora as energias do universo tenham infinitos graus de sutileza, existindo incontáveis planos sutis além do nosso universo sensível, é muito útil adotarmos uma simplificação, considerando três planos principais além do nosso “plano sensível”: o “baixo astral”, o “médio astral” e o “alto astral”.

Como já descrito no post citado, conforme a visão mística, antes de nascermos e depois de morrermos, a grande maioria de nós habita o “médio astral”.  Dependendo do grau de compatibilidade entre nossos pensamentos, vontades e ações e o Amor Divino, após nossa morte estaremos situados em um particular nível vibratório dentro do “médio astral”, em estado de “espera” até que tenhamos outra oportunidade de evoluir, por meio de novos pensamentos, vontades e ações.

Devo observar que é possível que, antes de chegar ao “médio astral”, alguém recentemente morto possa ficar um tempo no “baixo astral”, enquanto completa sua transição ao seu local apropriado.  Popularmente, essas pessoas são conhecidas como “almas penadas”, mas elas não provam nenhum sofrimento físico, somente podendo ter algum “sofrimento” emocional remanescente em suas memórias, que paulatinamente vão se desfazendo, até que a transição para o “médio astral” se complete – daí o “sofrimento” cessa completamente. 

Isso ocorre com pessoas que morrem com forte apego ao mundo material, ou seja, morrem contrariadas, com muito medo do que vem pela frente.  Devemos reconhecer que esse é o caso da maioria das pessoas no mundo atual, mas na maioria dos casos esse período no “baixo astral” é bem curto, coisa de poucas horas ou dias.  O processo de nossa morte física deverá ser mais detalhado em um post específico, dada a importância do tema.

Há também casos, muito raros, de pessoas que, ao morrer, vão direto para o “alto astral”, de tão harmonizadas que se encontram com o Amor Divino.  Essas pessoas já adquiriram um estado de consciência tal que passaram pela chamada “iluminação”, que permite um grau de consciência muito elevado na maior parte do tempo.  São casos realmente raríssimos na história da humanidade, mas existiram e continuarão a existir, certamente.

Assim, posso dizer que cada um de nós, ao nascer, vem de um determinado nível energético no “médio astral”, nível este compatível com o grau de harmonização passada com o Amor Divino.  Daí, durante nossa vida, iremos ter diversos pensamentos, vontades e ações, que têm por características básicas a liberdade e a criatividade e, em função do grau de harmonização com o Amor Divino e dos progressos que fazemos no caminho da Reintegração Divina, após morrermos iremos para um nível energético tão ou mais sutil do que o que habitávamos antes de nascer.

Esse é o mecanismo básico de uma vida terrena.  Tudo ocorre como se tivéssemos um “score” associado a nosso ser, que mediria o grau de harmonização que temos com o Amor Divino e, em consequência, o grau de avanço na caminhada da Reintegração Divina.  Durante nossa vida, temos inúmeras chances de avançar nesta caminhada, que podemos aproveitar, somando pontos em nosso “score”, ou não aproveitar, mantendo o “score” original.  Ao morrer, ocuparemos um nível energético no “médio astral” compatível com nosso “score” ao final da vida.

Sendo assim, em termos simplistas, podemos dizer que um dos grandes objetivos de nossa vida terrena é exatamente “somar pontos” em nossa caminhada rumo á Reintegração Divina.

Porém, esse esquema descrito traz uma pergunta óbvia: existe algum tipo de continuidade nesse processo?  Ou seja, depois que morremos, voltamos a viver?  Para que o sistema acima descrito faça algum sentido, é necessário que a resposta a essa pergunta seja “sim”, já que, neste caso, todos nós teremos inúmeras chances de somar pontos, nessa e em outras vidas, até chegarmos ao objetivo final, a Reintegração Divina.  Isso compatibiliza o ciclo da vida descrito com o princípio de que o destino comum e inevitável de todos nós é o retorno à divindade.

Devemos reconhecer que uma única vida terrena é muito limitada para que possamos galgar todos os degraus necessários para atingirmos o grau de reintegração divina, o grau de iluminação.  Basta olhar à nossa volta e facilmente podemos ver o quão distante da iluminação está a imensa maioria dos seres humanos que conhecemos (incluindo a mim mesmo, pois tenho autocrítica).  Pense bem nessa questão: será que você acha que é possível, somente nessa vida, superar todos os obstáculos que ainda existem para que você atinja a iluminação?  Eu acho impossível, no meu caso.

Além disso, outra questão se apresenta: como foram determinados os “handicaps”, os “scores” iniciais de cada pessoa?  Pois uma simples observação mostra que alguns, desde criança, desenvolveram incríveis habilidades, temperamento harmonioso, em suma, um alto grau de evolução física, mental, emocional e espiritual, enquanto outras pessoas nascem com um “score” realmente “baixo”, cheias de problemas sérios, doenças, revoltas, dissonâncias, inúmeros obstáculos para sua caminhada.  Quem determina os privilegiados e os prejudicados?  Baseado em que critérios?

Pode-se responder às perguntas acima com declarações religiosas do tipo: “esses são mistérios de Deus, que não nos é dado entender”.  E a teologia cristã considera que temos somente uma vida – a atual – para provar nosso valor e sermos dignos do “paraíso”.  Caso não consigamos provar, iremos para o inferno, com algumas exceções, que ganham a chance de ficar um tempo no purgatório.  Devemos considerar que esse sistema não é muito compatível com a imensa desigualdade que vemos no mundo, em que a maioria das pessoas simplesmente não vai ter nenhuma chance de escapar do destino infernal que as aguarda.

A visão mística tem uma visão mais “racional” a esse respeito, buscando compatibilizar o que observamos no dia a dia com a perfeição da criação divina e a teoria da Reintegração Divina.  Sendo assim, os místicos em geral consideram que deve existir vida antes da atual, na realidade inúmeras vidas antes, como ainda deverão ocorrer inúmeras vidas depois da atual, e a que vivemos nesse momento é parte de um esquema, de um ciclo muito maior, o ciclo da vida eterna.

Devo ainda acrescentar um ponto relevante e um pouco polêmico.  Conforme descrito neste post, o ciclo da vida é essencialmente construtivo, evolutivo, pois nunca retrocedemos, somente podemos avançar em nosso score ou mantê-lo inalterado (quanto tempo e quantas vidas quisermos).  Ou seja, o que “conquistamos” em termos de avanço não pode ser tirado de nós, incorporando-se em nossa consciência de forma indelével.

Para entender melhor isso, basta verificar um processo de aprendizado, ou de terapia psicológica.  Em ambos os processos, há uma evolução na consciência da pessoa, evolução esta que ocorre de forma indelével – a pessoa, quando toma consciência pra valer de um novo conhecimento relativo ao mundo à sua volta ou a si próprio, não esquece mais, não retorna ao nível anterior – não haveria nenhum sentido nisso.

No nível físico da matéria, são perfeitamente possíveis avanços e retrocessos indefinidos – você pode ficar mais ou menos forte, mais ou menos gordo, mais ou menos rico, mais ou menos poderoso, mais ou menos bonito.  Mas, quando se trata de nível de consciência, na dimensão espiritual, não há como ficar “menos evoluído”.

Explicando melhor, não existe a possibilidade de alguém, após experimentar um certo grau de harmonização com o Amor Divino, retroceder e voltar a um grau menos harmonizado – qual seria o sentido disso?  Castigo divino?  Conforme a visão mística, não haveria nenhum sentido.  E a Lei do Amor postula que o impulso de harmonização, de avanço, é sempre o mais poderoso, podendo ser igualado por um tempo por eventuais dissonâncias, mas nunca suplantado.  Assim, o nosso “score espiritual” nunca é decrescente, ou se mantém ou aumenta, não há outra possibilidade.  Ressalte-se que temos a opção de “estacionar” indefinidamente sem avançar, adiando o quanto quisermos nossa reintegração.

Resumindo, conforme a visão mística, considera-se a vida como tendo duração eterna, e a atual vida terrena sendo somente uma pequena parte dessa “vida maior”, como se fosse um dia no conjunto de nossa vida.  Por essa analogia, cada vida que passamos é como um período de vigília, em que ficamos acordados e conscientes, buscando aprimoramento e realizações.  Porém, o dia é curto, acaba, muitas coisas não foram realizadas, e aí vem a noite, o sono e dormimos, para acordarmos no dia seguinte, prosseguindo em nossos esforços.  Da mesma forma, morremos para nascermos na vida seguinte, continuando a buscar aprimoramento e realizações, em um ciclo que só termina quando atingimos o ponto ideal, e nos reintegramos a Deus.

Por essa visão do ciclo da vida, a morte não deve ser temida, pois não é o fim, e simplesmente uma transição.  Os antigos egípcios já tinham essa consciência e consideravam, em analogia com o Sol, que cada nascimento era como o amanhecer, e cada morte como o anoitecer, em que o Sol não acaba, ele simplesmente vai para um local onde não podemos vê-lo, outro “plano de existência”.  É exatamente essa a visão mística sobre o nascimento e a morte.




Talvez vocês estejam lendo esse post e pensando: mas isso é a doutrina da reencarnação, doutrina essa muito popular no oriente e, mais recentemente, no ocidente, graças à popularização das filosofias orientais e ao espiritismo, tão difundido no Brasil.  Porém, eu acrescento: é sim, mas não necessariamente.

Explicando melhor: a doutrina da reencarnação diz que, após a morte, permanecemos em um “plano sutil” (que estou chamando de “médio astral”), em um estado relativamente estático, de espera, para, depois de um tempo variável, voltarmos a nascer em um corpo diferente do nosso.  Nesse processo de desencarne e reencarne, em algum momento, perdemos totalmente a memória da vida passada (e das anteriores àquela), mas mantemos uma identidade sutil, que podemos chamar de alma individual, que carrega consigo seu nível de evolução espiritual.

Essa doutrina, descrita em resumo acima, se encaixa perfeitamente na ideia do ciclo da vida, descrita neste post, e pode ser uma explicação lógica e pertinente para entendermos melhor esse ciclo.  Posso dizer que a doutrina da reencarnação é a maneira mais simples de explicar adequadamente o ciclo da vida, conforme a visão mística, mas não é a única possível.

Existem outras possibilidades, mais complexas, de se tentar explicar o ciclo da vida.  Não vou dizer qual delas é a mais válida, por um motivo simples: todas são válidas, é só uma questão de escolha pessoal – tal e qual as ideias de Deus já tratadas em outro post.  Cabe a cada um adotar a teoria que achar mais adequada.

Uma explicação quase tão simples quanto a da reencarnação é dada pela teoria da evolução por descendência: depois de morrermos, ficamos um tempo de espera no “médio astral”, até que voltamos à vida, indiretamente, como influência sutil de algum descendente nosso.  Por essa teoria, não há a manutenção de uma alma individual entre uma encarnação e outra, a alma como se “dissolveria” no “médio astral”, mas existiria uma ligação bem forte, como uma “herança sutil”, entre a alma do antepassado morto e a do descendente – ele seria como que a “continuação da vida” do antepassado. 

Deve-se ressaltar que, nesse caso, a influência seria não só sutil – passada de alma para alma – mas também por meio da tradição da família, que passaria de geração a geração os feitos e a personalidade daquele antepassado, que o descendente então se esforçaria para continuar.  Por essa teoria, o que evolui não é uma pessoa individual, mas uma família, um clã – enfoque coletivo da evolução.

Outra explicação alternativa mais complexa é a extensão dessa ideia de evolução familiar para toda a humanidade.  Por essa teoria, a da evolução coletiva, toda a humanidade seria como que um gigantesco ser vivo, formado de diversas “células” – nós – que, cada um da sua forma, ajudaríamos o coletivo a se reintegrar a Deus.

Por essa teoria, existiria uma “grande alma coletiva”, de onde nossas almas individuais sairiam para nascer, e para onde todas voltariam depois de morrer, com alguma contribuição para a evolução da humanidade.  O mais difícil nessa teoria é conceituar de forma simples como seria essa “grande alma coletiva”, pois ela tem que explicar a diversidade individual de níveis de evolução – como seriam escolhidos os que nasceriam privilegiados e os prejudicados? 

Mas pode-se aceitar essa ideia, admitindo-se “compartimentos” para essa “grande alma”, cada um responsável por um nível diferente de evolução espiritual.  Nessa teoria, se elimina a ideia de que nossa individualidade se mantem de uma encarnação para outra, algo muito importante para os adeptos da reencarnação, mas que não reconheço como um ponto fundamental na visão mística do ciclo da vida.

Mas devo ressaltar que essa teoria não diz que, após a morte, nós simplesmente “sumimos” e nos “dissolvemos” no seio da humanidade.  Na realidade, seria mais adequado dizer que, ao morrer, somos acolhidos no seio da humanidade, em especial das pessoas mais próximas a nós, e daí, misturados a essas pessoas, formando um grupo unido e impessoal, buscaríamos a forma mais eficiente de reencarnar, com melhores condições de avançar no caminho da reintegração divina.  Não sou eu que reencarno, o “eu” que morreu não mais voltará ao nosso planeta, mas é como se fosse um “representante” de nosso grupo – é como se uma pequena inspiração minha sobrevivesse nesse “amigo” reencarnado.  E vários “representantes” podem reencarnar ao mesmo tempo, conforme a necessidade de evolução de nosso grupo.

Finalmente, existe outra maneira de conceber esse mecanismo, que é uma forma híbrida entre a reencarnação de almas individuais e a evolução coletiva: a teoria da evolução múltipla.  Por essa teoria, descrita no livro “Conversando com Deus, Vol. 3”, de Neale Donald Walsh, as almas, após a morte, podem se fundir a outras almas compatíveis ou se dividir em múltiplas almas, se isso for relevante para ajudar a reintegração da humanidade.  Também podem simplesmente manter sua individualidade, se for mais conveniente – tudo isso seria determinado em conjunto pelo livre arbítrio de cada um e pelo seu grau de harmonização com o Amor Divino.

Pode-se encarar essa teoria como a da evolução coletiva mais estruturada, adaptada para explicar a multiplicidade de caminhos individuais de evolução.  Uma questão resolvida por ambas as teorias é a do aumento populacional – onde estavam as almas dos bilhões de habitantes “adicionais” que passaram a habitar esse planeta nas últimas décadas?  Outra questão explicada por essas teorias é a do clone – um clone humano teria alma – provavelmente sim, decorrente da divisão da alma do ser humano original.  Também dariam boa explicação para o que muitos chamam de “almas gêmeas”, que se completam, mas sem assumir que todos nós temos uma alma gêmea.

Não vou tecer nenhum juízo de valor sobre nenhuma dessas teorias – peço somente que pensem e meditem sobre a questão.  E acrescento que ela não é uma questão fundamental para a visão mística, uma vez que não tem nenhum efeito prático relevante em nossa vida. 

Outra questão, não essencial, relacionada ao ciclo da vida, diz respeito a um eventual “final” desse ciclo, ou seja, um momento em que não precisaríamos mais encarnar em nosso planeta, por termos atingido um estágio de evolução e harmonização com Deus que tornaria isso “desnecessário”.

Acho muito intrigante essa ideia, pois traz em si um “juízo de valor” sobre nosso planeta, como um local que serviria para pessoas ainda “atrasadas” em sua evolução espiritual.  Certos místicos afirmam que existem muitos planetas mais “evoluídos” que o nosso, para onde iríamos após atingirmos o grau de evolução suficiente para tal.

Parecem interessantes essas ideias, mas prefiro crer que cada planeta ou astro nesse universo tem sua história específica, e nós somos parte integrante da história da Terra.  Naturalmente, podem-se conceber eventuais intercâmbios com seres de outros planetas, em diversos níveis, mas em geral eles não têm efeito prático relevante em nossas vidas – com algumas exceções de pessoas que tiveram contatos realmente significativos, mas esse assunto foge do escopo desse post.  Por outro lado, em planos mais sutis, a possibilidade de intercâmbio interplanetário é muito maior, e efetivamente há uma ligação sutil que permeia todo o nosso universo, mas não entrarei nesse assunto nesse post.  De qualquer forma, por uma questão prática, limitaremos as considerações deste post ao nosso planeta, a fim de simplificar o entendimento.

Porém, no que diz respeito ao nosso planeta, existe de fato a possibilidade de, após diversas vidas evoluindo seguidamente, com nosso esforço e dedicação, chegarmos a um ponto em que estamos suficientemente próximos da divindade, praticamente reintegrados, iluminados, e então não seria mais necessário viver nesse mundo.  E então, o que ocorreria?  Como seria esse “fim dos tempos” para nós?

Em primeiro lugar, devo lembrar que o “fim dos tempos” de verdade diz respeito a toda a humanidade, ou seja, somente quando todos os seres humanos atingirem a iluminação a evolução será completa.  Isso abre a possibilidade de uma pessoa já devidamente iluminada reencarnar novamente para ajudar as demais pessoas – isso já ocorreu várias vezes, e corresponde à vinda dos diversos “avatares”, dos quais os mais famosos foram Jesus, Maomé, Moisés, Buda, Confúcio, Lao Tsé e houve inúmeros outros mais ou menos famosos que tiveram um papel muito importante na evolução da humanidade rumo á Reintegração Divina.

Além disso, devo dizer que, mesmo que todas as pessoas consigam chegar à iluminação, não há nenhuma razão para pensarmos que esse é simplesmente o fim.  Provavelmente, esse será o fim da vida como a conhecemos e o início de uma outra caminhada para planos mais sutis de existência, planos que nem conseguimos imaginar atualmente.  Parece-me que a maneira mais “realista” de conceber a Reintegração Divina seja como um marco na caminhada maior, que é infinita, consistindo em inúmeras outras etapas.  Mas essa é uma questão que não tem consequência prática para nossas vidas, pelo menos nesse momento, e então não me aprofundarei mais sobre isso, considerando não relevante qualquer concepção que se tenha sobre esse “final dos tempos”.

O essencial mesmo, em relação ao ciclo da vida, é que devemos ser muito responsáveis e buscar a contínua evolução, sabendo que nosso objetivo final é sempre a reintegração divina.  Devemos sempre lembrar que temos liberdade de pensamentos, vontades e ações, conforme a lei do livre Arbítrio, mas que estamos sujeitos à Lei da Causa e Efeito, que nos vincula às consequências de nossos atos.  O que quer que ocorra após a nossa morte, é certo que teremos outras vidas, mantendo ou não nossa individualidade, e assim teremos outras chances de nos harmonizarmos cada vez mais com Deus. 

Sendo assim, devemos prosseguir nesse esforço de reintegração, de harmonização com o Amor Divino, com plena confiança de que, o que quer que venha a ocorrer conosco, estaremos sempre unos com Deus, e temos dentro de nós uma centelha divina, Deus imanente, que sempre pode nos guiar quanto à atitude mais harmoniosa a cada momento.  Peço então que oremos e meditemos bastante, até que isso se torne um hábito, até que fiquemos “íntimos” de Deus, conscientemente, sabendo que fazemos parte de um esquema grandioso e perfeito, tal como o seu Criador.

Posso dizer que é uma maravilhosa experiência tomar consciência desse ciclo da vida, saber que nossa história não termina na morte e nem começou com nosso nascimento.  Saber que tudo o que fazemos, de alguma forma, influencia algo muito maior que nós, algo coletivo, gigante, perfeitamente harmonioso.  Saber que sempre temos conosco companheiros de jornada, de outras vidas, que estão para nos ajudar, nos amparar e nos ensinar muita coisa, de diversas formas, tais como “amigos cósmicos” – pode ser que algum desses amigos seja mesmo um “desdobramento” de nossa alma passada, ou mesmo uma “alma gêmea”. 

Nada do que está escrito neste post se pode provar racionalmente, mas para saber melhor sobre esses assuntos, a recomendação da visão mística é uma só: ouvir a voz da intuição.  Posso garantir que o conhecimento sobre essas questões é altamente gratificante, dá um colorido muito especial à vida, que certamente colabora com nossa felicidade – esse sim é o ponto essencial, para a visão mística.

Bem, agora devo avisar que estarei de férias por um curto período e ficarei um tempo maior sem publicar.  Mas no mês que vem retorno. 

Saudações fraternas.

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